Cenas que parecem de filme. Devastadoras demais para parecerem reais. Mas são. O rompimento de barragens de rejeitos da mina do córrego do Feijão, de propriedade da empresa mineradora Vale na cidade de Brumadinho, localizada há 60 km de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Brasil. A cidade tem 30 mil habitantes, dos quais a metade é composta por crianças, adolescentes e jovens.
Até o dia de hoje (29/01/2019), dados oficias obtidos em redes sociais (ainda não existe um posicionamento oficial por outro meio) indicam um total de 291 desaparecidos (123 funcionários da Vale e 168 pessoas da comunidade) e 65 óbitos confirmados. A Plataforma de Direitos Humanos DHESCA-Brasil, da qual a organização parceira de terre des hommes no Brasil, Ação Educativa, faz parte, emitiu uma nota de solidariedade e monitoramento do caso.
Vale é uma gigante da mineração mundial, privatizada nos anos 90. O minério de ferro é extraído em Brumadinho desde 1950 pela Vale. Desde tempo, a Vale busca licenciamento para duplicar a extração de minério em Brumadinho. Para a Vale, a vida não vale nada… O único que conta é a ganância desenfreada.
A tragédia de Brumadinho não é inédita na história da mineradora Vale: em 2015, esteve envolvida no desastre ambiental de Mariana, que causou a morte de 19 pessoas e vazamento de 40 bilhões de litros de lama, que devastaram todo o ecossistema local.
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