A Aliança pela Infância entende que, em tempos de novas rotinas e novas relações com o espaço e com o tempo, mais do que nunca, a defesa do direito ao brincar e a mobilização de adultos nesse sentido são fundamentais para que humanidade não perca o encantamento pela potência criativa das crianças. Assim, mantém o compromisso da SMB, que está marcada para 23 a 31 de maio, com uma abordagem diferente, mas que faz todo sentido em meio ao desafio pelo qual passamos.
Considerando esse momento de isolamento social, a Aliança traz muitas propostas para exercitar o brincar dentro de casa, mesmo em pequenos espaços. Pelo menos, enquanto não for totalmente segura a ocupação dos espaços tradicionais, como escolas, ruas, praças, parques, clubes e universidades. Face às previsões de que a pandemia deve se estender meses, a orientação é estimular que as crianças tenham condições de brincar durante o período de reclusão, até que surjam novas recomendações vindas das instâncias responsáveis em nível nacional, estadual e municipal.
Assim, fica o convite: acesse os conteúdos, faça suas conexões, agite sua rede e estimule que em todo lugar onde houver uma criança o brincar domiciliar esteja presente. A Aliança estará em seus canais com Pílulas Encantadas Informativas, semanalmente, contando como está sendo o movimento. E vale lembrar que a rede é horizontal, logo, cada casa, cada espaço doméstico com uma criança brincando pode formar um mosaico de luz, capaz de iluminar o mundo com esconde-esconde, cabaninhas, brinquedos inventados de sucata e tudo mais que a imaginação permitir. Vamos iluminar o mundo, do jeito que só a infância é capaz de fazer.
O tema de 2020: Nesta edição, a Aliança pela Infância propõe como tema da mobilização o “Brincar entre o Céu e a Terra“. A ideia chama atenção para a importância de cultivar a imaginação e o devaneio da criança, para que ela possa ser e estar no mundo com criatividade e singularidade.
O manifesto do sensível de 2020 lembra do quanto é rico o universo imaginário das crianças:
No território da imaginação há lugar para elefantes cor de rosa e oceanos no quintal de casa em que navegam aventureiros sem pé nem cabeça. Lá estão também os bailes com dinossauros e guerreiras no tanque de areia, e os banquetes de sementes e folhas do jardim. As casas com portas no teto e janelas no chão podem existir apenas com papel e lápis, ou giz e chão, ou de tantos outros jeitos. Existem principalmente porque houve espaço e tempo para que fossem imaginadas. Nesse território constroem-se aventuras e narrativas com caixas de papelão, pedaços de pano, tampas de garrafa, blocos de madeira… e assim vão tomando forma repertórios de possibilidades, impossibilidades e de vida.